quarta-feira, 31 de março de 2010

Nos concentremos no que está crescendo e não no que está morrendo.

Arianna Huffington,em seu livro " Mulheres corajosas sempre vencem" coloca que desistir,tirar fora, simplificar é difícil de fazer nessa cultura baseada em adição ao invés de subtração. Mas quando deixamos de nos apegar ás coisas que nunca iremos usar e paramos de tentar ser quem não somos,descobrimos novas forças e energias. Para fazer isso é preciso coragem e decisão consciente. Quando somos mais jovens nós nos definimos por nosso trabalho,nossas famílias,por uma dúzia de medidas externas. Mas quando envelhecemos e superamos velhos papéis,podemos nos sentir á deriva sem propósito e cheias de medo-a menos que nos concentremos no que está crescendo e não no que está morrendo. Como nossas células mudam o tempo todo,será que nossos estados mental e emocional também não deveriam se regenerar constantemente? A estagnação mental é a forma mais rápida de envelhecer.

Desintoxicar a alma- desistir (Arianna Huffington)

Envelhecer com destemor certamente exige a manutenção de nossos corpos e adaptação às doenças.Mas no mínimo tão importante quanto a manutenção de nossas pessoas exteriores ,é cuidar de nossas pessoas interiores. Permanecer em relacionamentos negativos pode ser mais tóxico do que aquilo que comemos,bebemos ou inalamos. Evitar as pessoas q1ue por qualquer razão,não são boas para nós,é cada vez mais importante à medida que envelhecemos. E com menos areia no alto da ampulheta,desistir daquilo que nãoestá funcionando é crucial para superar o medo de envelhecer. No meu quadragésimo aniversário fiz uma lista de coisas nas quais eu não era boa,das quais eu não gostava ou tinha pensado fazer um dia mas sendo realista,simplesmente não iriam ser feitas. A admissão dessas coisas para mim e a libertação da ansiedade das expectativas perpetuamente insatisfeitas não foram deprimentes,mas, sim , extremamente libertadoras. Eliminar coisas-roupas,objetos,equipamentos que não mais usamos também nos dá uma liberdade e uma clareza que crescem de importância à medida que envelhecemos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Viver com Saúde, Dicas de Saúde Física e Mental

Viver com Saúde, Dicas de Saúde Física e Mental

Continuação da Oração da idosa medieval

      Não me atrevo a reclamar uma memória melhor,dá-me porém uma crescente humildade e menos sucetibilidade,quando  a minha esbarrar na dos outros.
       Ensina-me a gloriosa lição de que pode até acontecer que eu esteja enganada.
       Toma conta de mim,não é que eu tenha vontade de virar santa,(com certos santos é tão difícil conviver!)mas um velho,além de velho,amargo,é com certeza uma das mais supremas invenções do diabo.
Faz-me capaz de ver algo bom onde menos se espera,e de reconhecer talentos ,em gente na qual estes não se percebem. E dá-me a graça de proclamá-lo.
      Amém.
P.S. Minha querida avó  dizia quando a gente reclamava de alguma dor: Não reclama que a dor aumenta.
        Quando a gente reclamava de acontecimentos:Pior seria se pior fosse
        Quando sentia-se desprezada: Se liga me ligasse eu também ligava liga mas  como liga não me liga eu também não ligo liga. Saudades da minha avó.... Um dia vou falar dela.

Oração de idosa encontrada nas ruinas de um convento medieval

Senhor sabes melhor do que eu que estou envelhecendo,e que,mais dia menos dia farei parte dos velhos. Guarda-me daquela mania fatal de acreditar que é meu dever dizer algo a respeito de tudo em qualquer ocasião.
Livra-me do desejo obsessivo de por ordem nos negócios dos outros . Torna-me refletida mas não ranzinza,serviçal mas não autoritária.Acho uma pena não utilizar toda a imensa reserva de sapiência que acumulei por longos anos,mas sabes ,senhor....faço questão de conservar alguns amigos.
SEgura-me quando eu começar a desfiar detalhes que não acabam mais,dá-me asas para ir direto ao fim.
Sela meu lábios acerca de minhas mazelas e doenças,embora elas aumentem sem cessar,e,com o passar dos anos,me dê certo prazer em enumerá-las.
Não me atrevo a pedir que eu chegue a gostar de ouvir as outras quando desenrolam a ladainha dos próprios sentimentos,mas ajuda-me a suportá-las com paciência.